Vai vendo a nova sacanagem global...
seg, 05/05/2014 - 14:23 - Atualizado em 05/05/2014 - 16:27
Tenho escrito aqui sobre essa mistura de dramaturgia, marketing e jornalismo que caracteriza os grupos de mídia. Utilizam-se recursos da propaganda, da dramaturgia e do jornalismo para uma geleia geral que compromete todas as pontas.
Quando a Globo lançou a novela sobre tráfico de crianças, o jornalismo foi acionado para uma série de matérias sensacionalistas sobre adoção.
Quando as eleições entram em jogo, o grupo age sincronizando todas as pontas, criando vilões que lembram os adversários, mocinhos que emulam os aliados.
À medida em que as informações e as discussões sobre mídia avançam pelas redes sociais, e que o conceito e o papel dos grupos de mídia viram foco de discussão, o uso reiterado dessas jogadas apenas ajuda a reforçar os argumentos dos críticos da mídia.
É como se houvesse um laboratório online, no qual práticas seculares anacrônicas pudessem ser dissecadas ao vivo e em cores.
Em tempos de concentração maior de mídia, falava-se muito na propaganda subliminar, os
merchandisings, utilizados para jogadas comerciais.
Quando entra-se no campo eleitoral, o jogo é dúbio.
Tome-se essa besteira da Globo, de associar o nome da novela ao número 45 do PSDB
O custo é alto. Uma emissora aberta, com o alcance da Globo, não pode se colocar contra mais da metade do eleitorado brasileiro, ainda mais em um momento em que ocorre uma implosão geral da audiência, fruto do avanço das tvs fechadas e da Internet. É um risco de imagem que gerações anteriores, mais sábias, não ousaram correr, mesmo quando a força do grupo era proporcionalmente muito maior.
Quando o espírito das diretas tomou conta do Brasil, a maior preocupação de Evandro Carlos de Andrade e Roberto Marinho era tirar o estigma da emissora, de ser contra a democratização
Depois que o estilo Murdock surgiu, deixou-se de lado toda a prudência e decidiu-se tomar partido de uma forma escancarada.
A ideia de associar o número de PSDB - 45 - à nova novela não representará nenhum reforço substancial à candidatura tucana. Mas, sem dúvida, será mais um argumento fortíssimo em favor dos que entendem a mídia como um partido político.
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seg, 05/05/2014 - 17:00
Parece que a Globo tornou-se um trem cujo maquinista abandonou seu posto. Pulou fora da cabine de comando por algum motivo inexplicável. O comboio segue sem freios e desgovernado. Só pode ser.
Toni
4 S trazido em 1960 ao Brasil.
seg, 05/05/2014 - 16:37
Me lembrei dos clubes 4 S, difundidos no interior de Minas pela ACAR, associação de crédito e assistência rural, criada com forte e decidida ajuda do governo americano e de Rockfeller.
Com base nessa característica, em relação às experiências dessas pessoas, criou-se no Brasil, na década de 1960, o programa dos “Clubes 4 S”. Os quatro “S” significavam: saber para sentir, saúde para servir. Era o equivalente tupiniquim dos “Clubes 4 H”, implantados nos anos de 1920 e 1930 nos Estados Unidos, de tradução literal, ao menos na forma de atuar.
Apenas uma lembrança, em todo caso, pois concordo com Nassif que a Globo tudo estará fazendo para "seu" grupo ganhar esta eleição.
E creio que Aécio adoraria ser um "ator" da Globo, fazendo o papel de presidente no cenário chamado Brasil.
E sabem onde passa uma parte?
seg, 05/05/2014 - 14:52
Além do 40, a Globo dá outra forcinha ao Campos: uma parte da novela passa em Recife, com direito a samba exaltação ao Porto Digital. Ó só:
"Do núcleo do Recife fazem parte os atores pernambucanos Chandelly Braz, Samuel Vieira, Julia Konrad e Johnny Hooker além do ator paraibano Luiz Carlos Vasconcelos. Samuel Vieira, Julia Konrad e Johnny Hooker, que também são músicos na vida real, formam uma banda musical na trama. Humberto Carrão e Joaquim Lopes também gravaram cenas na cidade. Na capital pernambucana, a novela passou, entre outras locações, pelo Porto Digital, referência do mercado de tecnologia brasileiro."
Se fosse Geração I3rasil, o
seg, 05/05/2014 - 15:59
Se fosse Geração I3rasil, o TSE mandava o PT pra forca!
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